Vazio

É o nó no peito, a lágrima no olho , a casa vazia
o meu silêncio, os meus pensamentos, melancolia
a rotina sempre apressada, a camiseta suada
a volta pra casa no fim do dia
Vivendo mais a sua vida que a minha
esperando as vozes que me inquietam ,baixarem o volume
talvez eu descubra o porque de estar aqui, assim
o porque de não querer estar aqui.
Sempre me faltaram muitas coisas
e eu soube viver bem sem elas
mas agora, sobre tudo, eu me pergunto:
Onde foi parar minha alegria?

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Empatia


Se fosse fácil ou possível nos colocarmos no lugar do outro quando somos feridos, talvez pudessemos perdoar e relevar as palavras mal ditas num momento de surto. Talvez até não sentiríamos com tanta força o golpe duro das palavras que nos machucam.
Colocar-se no lugar do outro, é algo muito bem descrito, raramente praticado.
O apego ao próprio umbigo, as nossas próprias necessidades e a crença apenas nas nossas verdades, é algo caracteristicamente comum ao ser humano.
Somos cegos aos sentimento dos outros, as dores e aos conflitos dos outros. Nossas razões são sempre maiores e mais urgentes.
Ter empatia é saber ceder. E permitir que a razão do outro seja mais forte que a nossa. É deixar a verdade do outro prevalecer.
Empatia é o ato de amor mais valioso que se pode dar.
E uma grande sorte receber!

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Ausência

"Pela marca que nos deixa
a ausência de som que emana das estrelas
pela falta que nos faz
a nossa prória luz a nos orientar.
Doído corpo que se move
a solidão dos lugares que a gente frequentava
pela mágica do dia
que independeria da gente pensar
não me fale do seu medo
eu conheço inteira sua fantasia
e é como se fosse pouco
e a sua alegria não fosse bastar
quando eu não estiver por perto
cante aquela música que a gente ria
e tudo que eu cantaria,
e quando eu for embora você cantará!

( Oswaldo Montenegro)

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O diabo veste Prada


O filme não fala apenas de moda, nos faz repensar nossa carreira.

Uma frase do filme não me sai da cabeça: " Sobretudo, quando sua vida pessoal começar a ruir, é sinal de que vc será promovido".

Tão verdadeira!

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Quando tudo desaba...


...e até o olhar mais desatento notaria em mim a sua ausência!

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Amigos


Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.
Temos o costume de confundir amizade com onipresença, e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão. Amizade não é dependência, submissão; não se tem amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.
Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado !
O que é mais importante: a proximidade física ou a afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca de convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.
Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.
Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis da maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente. Não vou mentir a eles, “vamos nos ligar?”, num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso os encontre, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.
Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia. Significativos em cada etapa de formação. Não estão na nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos bêbados e trôpegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.

(Fabrício Carpinejar do livro Canalha)

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