Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".


Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo; as atitudes vale muito mais.

Martha Medeiros

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Rituais


Não sou mística, nem estudo os astros ou coisa parecida. Mas aprecio os ritos de passagem por que eles dizem ao nosso subconsciente que estamos virando a página. Assim estamos abandonando más escolhas, superando decisões desacertadas e buscando crescer e encontrar um novo caminho. Para mim, é isso que a passagem de ano significa. Elegi esse momento para trocar minha pele, como as cobras fazem.
Acredito que todos nós precisemos de algo em que nos apoiar, para não ruir. Existem muitos rituais prontos, mas passei a inventar os meus. Alguns secretos, outros nem tão secretos assim.
É por isso que apesar de todos os pesares do ano de 2010, acredito que 2011 será uma perfeita repetição, e uma perfeita renovação. A virada do ano me faz pensar que sempre é tempo de crescer, melhorar, renovar, renascer. Sempre existe um ano novo, uma oportunidade, uma esperança de alcançar algo que julgamos perdido, ou querido, ou desejado.

É para isso que nascemos. E é por isso que vamos um dia acabar. E continuar... E acabar...

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Filosofia

"Não me alimento de quases e não me contento com a metade. Não serei sua meio amiga e nem te darei meu quase amor, é tudo ou nada. Não existe meio termo.”
(Marilyn Monroe
)

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Aquele verão


Parecia ser apenas mais um verão em Floripa, como todos os outros, sol, praia, risadas, baladas de praia do fim da tarde. Um grupo de amigas que conheceria um grupinho de paulistas visitando nossas praias. Parecia. O verão de 2006 deixou amizades pra toda vida.
Inicialmente tudo do mesmo jeito, dia de sol na praia Mole, final de tarde ao som de música eletrônica e muita paquera. Uma das meninas que estava comigo, iniciou paquera com um paulista que estava com um grupo de amigos, e todo os dias que se seguiram naquele verão foi feito junto pelos dois grupos que animadamente curtiram Floripa.
Terminado o verão todos retornaram as suas rotinas, as paqueras se findaram, e ficaram os contatos. Porém algo muito especial aconteceu, diferente dos outros anos em que os contatos acabavam em desinteresse, surgiu algo inexplicável e nasceu entre nós uma amizade imensa.
Aos poucos as conversas sobre os problemas, os amores, os desamores, os trabalhos, passaram a ser compartilhados numa amizade totalmente livre de interesses. Sentimento puro.
Nossas idas a SP, passaram a ser compartilhadas em encontros de familia...e a surpresa de descobrir que nossos amigos eram gente como a gente, com valores morais, e respeito, foi o mais valioso.
Eis então que chegou o verão de 2007,claro que a gente ia pra Floripa. E o grupo de amigas que conheceu o grupo de paulistas, passou a ser um único grupo, a familia MCLEOD. O verão de 2007 marcou nossas vidas de forma definitiva e consolidou uma amizade que durará pra vida toda. Os dias na praia, as histórias inacreditáveis, as risadas, as "zicas", tudo marcou este verão que jamais será esquecido por nós.
Como a vida nem sempre é alegria, 2007 foi um ano difícil para todos, que com problemas particulares e de familia, fomos acompanhando os acontecimentos virtualmente e sempre torcendo uns pelos outros. E como era de se esperar, embora naquela época, não contássemos com esta hipótese, os caminhos de cada um foram sendo trilhados de formas diferentes...e o verão de 2007, foi o verão mais mágico que já vivemos. Por mais tempo que se viva não haverá outro igual, é por isso que as pessoas se tornam únicas e o momentos também.
Planejamos agora os próximos encontros da familia Mcleod... com novos membros evidentemente.
Fred, se casou com Cybeli, e são pais de Maurício. Eu conhecí Victor ( que trará loucura extra a familia Mcleod, e provavelmente será provedor de novos membros), Pastor está em SP, surfando nos feriados e namorando muito( mas anda meio distante), Amadeu ( agora em versão magra), promete muita insanidade pro futuro ( esperamos que crie juízo tb), e Fabi, já não sabemos onde vai parar, pois tem alçado vôos longínquos. E em meio a idas e vindas. Entre anos que chegam e anos que se vão. Entre derrotas e vitórias, temos uma única certeza, o verão de 2007 nos trouxe o presente mais valioso que poderíamos ganhar, a amizade incondicional. Independe do tempo, da distância, ela continua viva dentro de cada um de nós. E assim que Mauricio crescer mais um pouco, que eu mudar para o RJ, que Fabi enfim encontrar seu lugar no mundo e que Amadeu estiver saradíssimo, a gente se encontrará, e com toda a certeza do mundo teremos o verão mais especial de nossas vidas.

O verão de qual ano mesmo?

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Quem diria...

As coisas nunca acontecem da forma como imaginamos, mas podem ser muito melhores que isso.
Inicialmente, nos parecia que o tempo demoraria muito a passar. Pairava no ar a sensação de que tínhamos todo o tempo do mundo para tomarmos nossas decisões.
Você recém formado. Eu recém "de volta a vida".
A sede por aventura, a busca por emoções. Encontros discretos, quase secretos.
Se tivessemos, naquele tempo, parado pra pensar apenas um instante, teríamos escolhido estradas opostas .
Contrariamos a lógica. Nem as previsões mais otimistas apostariam em nós. Surpreendemos. Quebramos todos os paradigmas. A idade. A cor. A razão. A lógica.
Aprendí que ter asas é melhor que ter raízes. Já não sou mais sozinha. Nos preparamos agora, para o nosso vôo duplo, esperando que todos os ventos soprem a favor.
A gente sabe que coisas inacreditáveis acontecem. Somos a prova disso.
E quando a gente percebe que quer passar o resto da vida com alguém, a gente quer que o resto da vida comece logo. E nunca mais acabe.

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Viagem...


Explorar o desconhecido, conhecer novas culturas, viver uma aventura...
...independente do objetivo, quando você está vivendo estes momentos, todos os seus sentidos estão passando por algo único.
São momentos que, mágicos ou não, jamais se repetirão.
Você lembrará para sempre daquele lugar, daquele cheiro, daqueles sabores. Sentimentos e sensações antes nunca sentidas. Histórias inesquecíveis, frustações também. Você pode prometer voltar um dia, ou talvez acabe voltando sempre.
Uma viagem não precisa de motivos. Não tarda a provar que basta a sí mesma. Você pode achar que vai fazer uma viagem, mas é ela que faz ou desfaz você!
Termino este post com as palavras de Amir Klink:

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

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