Me faz falta o tempo da descoberta, a gente se sentia, se beijava, se curtia.
A conquista, intensidade extrema. Me faz falta a novidade, o aconchego, os beijos no meio da noite, o afago.
O que aconteceu com a saudade que eu sentia?
A certeza transformou tudo em calmaria, em lealdade, cumplicidade.
O que eu quero agora não tem nome, tem surpresa, cuidado e desejo.
Eu pensei que me bastaria. O que me falta é importante demais pra eu simplesmente me bastar.
Não falo aqui, sobre a falta de amor. Amor é algo que transborda. Transparece nos olhos, independe da distancia, é maior que qualquer coisa que faz falta.
A presença do dia a dia, o cheiro na cama, a gargalhada inesperada, sintonia. Em meio a uma grande ausencia, se passa a valorizar o que de fato é importante. E a gente aprende que sempre existe algo mais por fazer, sempre fica algo por dizer, nunca temos 100% de tudo, e nunca damos 100%.
Nascemos e morremos...
e entre uma coisa e outra, crescemos, erramos, viajamos, sorrimos, choramos e amamos,
não necessariamente, assim!